Não obstante encontrarmos na Bíblia referência a Satanás como “o pai da mentira”, a verdade é que, há muito tempo, no afã de atualizar seus método de trabalho, o inimigo chegou à conclusão de que o uso de inverdades já não se presta para o programa de expansão do seu reino, nas proporções de rapidez que ele almeja.
Na realidade, um crente, por mais ingênuo e inexperiente que seja, não se deixará levar, facilmente, por proclamações inverídicas. É verdade que o príncipe das trevas não tem medido esforços, no sentido de tirar proveito de todas as oportunidades que lhe chegam ao alcance – “os filhos do mundo são mais hábeis do que os filhos da luz” – mas é evidente que, atualmente, a tática mais em voga é a utilização de verdades em ocasiões próprias, sagazmente, por ele determinadas.
Um exemplo típico é o relacionado à tentação de Jesus, no deserto. Ardiloso que é, o adversário certamente selecionou com invulgar diligência, todos os vocábulos que empregaria no diálogo com o Mestre, não se descuidando de valorizá-lo com a inclusão de “porque escrito está”. Com esse processo, Satanás como que ingressou na era dos “poderosos mísseis”, tendo, em consequência, obtido vitórias relevantes para seu reino.